terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Pingo, parte I



E que comecemos o ano com a história do Pingo. Vou tentar, mas só tentar, coloca um post por mês contando a história dele.
                      O Pingo, parte I 
               Era uma vez um pingo. Era esse um pingo que morava em uma arvore pequenina. E já conhecia muitos outros pingos moradores da mesma arvore.

 Era assim. Sempre fora, desde pequenos os pingo rolavam e brincavam juntos.

Mas o tempo passou, sempre passa. E os pingos mudaram, não de lugar, só de forma. Não a forma física – embora essa tivesse mudado também - mas sim a forma de se portar e comportar.

E nosso pingo não se enquadrou. E começou a se sentir sozinho, como nunca havia se sentido antes. Não se conformava com a forma de pensar desses outros pingos. Eles não enxergavam da o mundo mesma forma que ele.

No começo ele se incomodava com coisas menores, como a forma de se vestir dos outros pingos. Às vezes passava a tarde inteira olhando como todos os pingos se pareciam, alguns eram mais bonitos, esses normalmente vinham seguidos de um monte de imitações falsas deles.

Aquele pinguinho se recusava a ser uma mera imitação de alguém.

De outro pingo, quero dizer.

Por que esse pingo queria ser único, se é que me entendem. Queria deixar uma marca, queria fazer algo importante.

E foi a partir dai que começou a se incomodar com outros tipos de coisa. Uma delas, por exemplo, era como a mente dos outros pingos era pequena e restrita.  Como eles se contentavam com pouco, e não percebiam as vidas miseráveis e sem expressão que estavam vivendo.
O pingo imaginou não ser o único que pensava assim. E achou que a única solução seria ir para longe dali. Alguma outra arvore talvez. Estava cansado de ficar rodeado dessas pessoas de alma pútridas que o deixavam enojado.

E então rolou. Rolou até chegar a outra arvore.

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