sábado, 25 de dezembro de 2010

We all wish you a merry Christmas




            Natal, aah, o natal.
Preciso  dizer, antes de começar esse post,  que deveria informar (um dia eu ainda descubro pra quais leitores) que esse será provavelmente meu post mais piegas e sem propósito. E é só pra eu falar mesmo.
Então, Querido Diário SM,
Há pouco tempo eu descobri o verdadeiro sentido do natal, nada a ver com toda história do nascimento de Jesus, provavelmente por não acreditar em tudo isso, mas enfim. O que quero dizer que percebi, é o que sempre estava escrito, em livros e tudo.
E dessa vez, eu realmente gostei do natal. E curti cada momento que passei com a minha família, cada comida que eu comi, acabei até experimentando coisas que eu falava veementemente que não gostava.
E no torpor do momento, envolvida por tudo aquilo, cheguei até a acreditar que o mundo era um local melhor, e que tinha sim uma solução.
E entendi por que todos gostam tanto do natal.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Nunca Fora




Ela estava parada. Não tinha mais vontade de se mexer, só estava parada ali por não ter mais o que fazer.

Toda a sua vida havia de esvaecido, e o tempo havia transcorrido.

E lá parada, sabendo o que estava por vir, usou os seus últimos momentos para refletir. Poucos são os que fazem isso, pois estão sempre tentando consolar os que ficarão. Mas ela não, pois ninguém havia ficado.

Talvez, um pelo menos haveria restado, se ela tivesse parado mais para refletir, enquanto ainda tinha vida.

E lá parada, com o olhar fixo no teto, fingindo - não sei para quem - encarar as teias de aranha que lá estavam,  finalmente reconheceu a verdade.

Não era feliz. Nunca fora.

Enganara a si mesma durante toda vida. Fingira amigos que não tinha, comprara coisas que não podia, tentando convencer a todos ser alguém que não era.

E percebeu que a morte era apenas o que lhe restava.

E a acolheu, como alguém que acolhe um filho. O que ela não sabia, por não ter nenhum. E assim morreu com um sorriso no rosto.

Foi esse seu primeiro sorriso verdadeiro.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ideia

-Nossa! Essa cidade cresceu tanto, nem consigo mais dirigir aqui.

Ele sorriu, era bom voltar para casa. Do mesmo modo como fora bom ir embora. Mas agora ele entendia, e pretendia sair dali. Mas só depois de alguns meses.
Não via nenhum mal agora em voltar, voltar para a cidade que odiara toda infância, e rever as pessoas que o esnobaram por pretender ser alguém. Sentia até uma estranha satisfação, deu 20 reais para seu "velho amigo" que agora havia as feições sujas de graxa por consertar automóveis. Fique com o troco ele disse.

Mas quem realmente ele queria ver, por quem havia refeito todo seu trajeto, estava lá. De braços abertos, como sempre esteve. Estivesse ele com diploma na mão ou tentando largar a maconha.

De braços abertos como ele imaginou que estariam.

Lá estavam eles, os seus pais.

Quanto ao titulo do texto, eu tinha colocado idéia pois eu estava com pressa, e era  só uma idéia que havia me surgido enquanto eu estava no ônibus. Por falta de idéia deixei esse mesmo.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Melhor amiga e rótulos infantis

    
     
       - Sabe Luiza, eu não te considero mais uma das minhas melhores amigas.
       Luiza achou uma declaração um pouco incomum por ser tão direta. Mas de certo modo ficou feliz por finalmente poder dizer o que pensava.
       - Ah, eu entendo e concordo como isso Fátima, a distancia sempre acaba separando um pouco as pessoas, mesmo que a amizade tenha sido sincera.
      - Você acha mesmo isso?

      - Sim
      - Pois eu te considerava sim uma das minhas melhores amigas, só estava querendo ver sua reação.
      Até onde a Luiza sabia, se uma pessoa realmente considerava a outra melhor amiga, não havia necessidade de testes (a não ser que a pessoa em questão tivesse uns seis anos ou menos). Mas ela se encontrou em uma situação um tanto constrangedora e na qual não dava pra retirar o que ela havia dito.

      - Desculpa Fátima, mas eu realmente concordo com o que eu disse, mas, você é sim minha amiga, e é especial, mesmo por que quando nós éramos mais novas você foi uma das minhas melhores amigas.
      - Tudo bem, eu entendo. E quem são seus melhores amigos agora?
      - A Carina, o Rique e a Barbara.

      - Barbara de Bragança Paulista?
      - Sim, essa.
      - Mas você não acabou de dizer que amizades não duram a distancia?
      - É, mas existem exceções.
      - Nossa acho ridículo isso. Você nem conhece ela.
      - Fátima, você não tem nenhum direito de ficar brava comigo, por que amizade é uma coisa que se conquista, se a alguém perde uma amizade, deve se perguntar o que pode ter acontecido, e não culpar o outro. E é, eu sei que é estranho, é até pra mim, pois eu nunca fiquei tão amiga de alguém em tão pouco tempo como com a Barbara, mas fazer o que? A amizade não é algo premeditado, a gente só ficou amiga.
      -EAE, só vai falar isso mesmo?

...

      E assim se termina mais uma amizade.
      
      Infelizmente.

      E pelo motivo mais infantil.

      A Luiza, eu tenho certeza, de que se desculpa se tiver dito essas palavras em momento inoportuno, porém é só por isso que se desculpa.
     


     Caros leitores inexistentes, nunca usem o termo "melhor amigo (a)", para o seu próprio bem. Não existe melhor. Assim como não existe o pior. Chame o melhor só de amigo, e o "pior" de colega. Não complique as coisas com rótulos infantis.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Não é fácil eu me apegar a alguém ou alguma coisa, porém, infelizmente, quando isso me acontece, eu costumo me apegar bastante.
Eu lembro quando a gente saia juntos, e eu me sentia uma intrusa, que vocês só tinham me convidado por causa de amigos em comum, mas, mesmo assim eu me sentia feliz, olhava e pensava “caramba, esses são os amigos que eu queria ter”.
Infelizmente quando eu sinto que posso chamá-los de amigos, vocês vão todos se mudar.
Vou sentir muita falta de vocês.


I feel unhappy, I feel so sad
I've lost the best friends, which I ever had.
They made my days, I like them so.
But it's too late now, they had to go.

I'm going through changes.
I'm going through changes.

We shared the years, we shared each day.
But soon the world, had it's evil way.

Changes – Black Sabbath


Eu fiz algumas mudanças, mas, foi mais pra se adequar ao fato de eu não ser lésbica, porem, do mesmo modo, sinto que estou perdendo amigos importantes.
Ps: Bruno Gerano seu bobo, você vale – muito – a pena.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Rotina muda, mas só de ponto de vista

Já ouvi muitas vezes pessoas reclamando sobre sua rotina, e dentre essas pessoas irritantes que jogam metade da vida fora ás reclamações, encontra-se esta que vos fala. E me lembro que achava horrível pensar em ter que acordar todos os dias cedo e ir para as minhas mesmas aulas de sempre.

Mal sabia eu o quanto era feliz.

O fato e que eu moro em uma cidade pequena, e normalmente as pessoas se mudam pra uma cidade maior no primeiro ano, e no meu caso, se isso acontecesse, eu iria sozinha morar em um pensão dividindo quarto (com mais 2 pessoas) e banheiro (com mais 12 pessoas) e rezar (bastante) pra não sofrer bulling na escola nova, em uma cidade que, segundo todos as pessoas é umas das mais difíceis de se fazer amizade. Isso por que eu sou uma pessoa perfeita pra ser alvo de bulling. Aê.
Então não, eu desisti de trocar a minha vida inteira só pra ter uma escola melhor. Mal sabia eu que já não tinha mais nada pra abandonar.

A segunda opção era mudar no terceiro ano e lhe dar com todas essas mesmas coisas. Diferencial, eu estaria mais madura.

         Ou fazer um intercâmbio, que no meu caso seria para a Austrália, que além de ser famosa, por seus jovens bêbados, maconheiros e festeiros tem também um dos Índices Demográficos mais altos do mundo e receber muito bem seus intercâmbistas (além de ter os homens mais lindos do mundo).

Talvez eu tenha escolhido esse lugar em particular para tentar me livrar um pouco da minha rotina, embora eu não virasse uma usuária de drogas e me cansaria rápido de tudo isso. Mas neste segundo caso eu ainda poderia ir para o litoral aprender a surfar. Porém, para poder um dia sonhar em ir para lá eu teria que me tornar um robô programado para ser a filha/aluna perfeita.

Mas a questão não é essa, a questão e que não adianta o lugar que estiver, e não adianta quem estiver lá comigo, eu sempre TEREI que estar pensando no futuro, por que eu sempre vou ter que estar estudando, quando a escola acabar, e a faculdade também, terei que trabalhar, em um trabalho que a cada dia me exigiria ainda mais, às vezes por mais de 13 horas por dias, para ter uma "boa aposentadoria" e no fim gastar todo o meu dinheiro com remédios, por que já serei uma velha doente e caquética, isso se eu já não tiver gastado com filhos ingratos, e depois, finalmente depois dessa trajetória vazia e pútrida, morrer.

Convenhamos esse e o fim de todos.

Menos no caso dos filhos, que podem variar, não na ingratidão, mas sim na parte de tê-los ou não.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

YEAH, outro blog pra rede '-'

Mas Laura, já tem um monte de blogs por ai, pra que VOCÊ quer fazer mais um? Ele não vai fazer diferença nenhuma.

Vai sim, pra mim vai. Pois, não importa se você desenhou um novo modelo de aeronaves, ou um novo modelo de meias É seu, foi você quem fez. E quando você o lê, ou escuta você se sente mais realizada, e descobre um pouquinho mais sobre você, um pouquinho a mais que ninguém antes sabia.