segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sonhos


"Você está vivendo seu sonho?"

Sonhos... Sonhos são decepção, sonhos são euforia, sonhos são lágrimas – por horas de tristeza e outras de alegria – mas acima de tudo sonhos são necessários.

Pois embora muitas vezes eles nos decepcionem eles são o que nos move. Eles são no nosso estímulo, nos fazem lutar pelo que queremos.

Mesmo parecendo impossíveis muitas vezes são realizáveis, e ESSES são os sonhos que movem o mundo. Estes sonhos idealistas, sonhos inovadores.

Por isso: SONHE, sonhe nova, sonhe diferente, nunca deixe de sonhar, sonhar acordado.

Mas lembre sempre de se levantar.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Vazio

         

          Vazio, era o que o descrevia. Se sentia assim a algum tempo, sentava-se olhando para o céu. Única coisa ainda perfeita que restara no mundo. Estava nublado. Quisera ele que fossem nuvens passageiras.

          Porém o céu permanecia nublado a alguns dias. Poeira humana. Não sabia ao certo o que era mais tinha certeza de que esse era o caso.
         
          Enquanto pensava sobre isso e se deliciava com a imagens das poucas estrelas que ainda podiam ser vistas da terra adormeceu.
         
          Nesse mesmo momento uma menina, como a que ele sonhara também adormecia. Porém diferentemente do menino, ela adormecera eternamente.
       
          E isso tornara o vazio entre os dois ainda maior.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

As galinhas não ciscam mais

"Hoje eu não fiz nada o dia todo. E me senti incrível"
            
         Pare um pouco, olhe a sua volta, veja tudo que você tem, tudo que você poderia ter, tudo que já existe hoje em dia e que antes que você possa adquirir já se tornará algo obsoleto.
        
         Agora esqueça tudo isso, volte a mais ou menos 2783 anos atrás. Não exatamente nessa data, pois 2783 é um número qualquer acima de 2011 que eu escolhi. Mas enfim, volte ao período Neolítico. E pense tudo de novo, você neste mesmo lugar mas em outra época.

E agora me responda, qual desses dois "eus" são melhores? O de hoje né? Tem mais conforto.

Ok, positivista (se você acha mesmo que somos melhores, positivista é o que você é. Pra mim é só uma substituição bonitinha para preconceituoso), mas o que esse conforto nos trás de bom? Até onde ele é bom?

Por que sinceramente, esse excesso de conforto tem gerado uma certa comodidade nas pessoas.

Pra que eu vou querer refletir sobre as coisas se eu não preciso disso pra passar no vestibular arrumar e emprego? Pra que devolver a caneta pra professora se ela nem lembra mais pra quem emprestou, e assim eu não preciso comprar uma caneta nova? Pra que ouvir uma música com algum significado se ela vai me fazer pensar?

É, pra quê? Hoje em dia somos cômodos, não nos importamos mais com a ética, com os outros, com nossos valores, nem sequer com o que nos cerca.

Firmamos uma sociedade hierárquica na qual quem esta no topo é incapaz de olhar para baixo. Fazemos guerra por coisas que possam nos trazer pedaços de papel. E é só isso que importa. Todos seguem Maquiavel, mesmo sem ao menos saber quem ele é. Pois no final são os fins que justificam os meios.

A comodidade é tão grade que, depois de um fim de semana em uma fazenda eu percebi que nem as galinhas ciscam mais. Que atrofiem as patas e morram.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma pena, talvez pudessemos ser felizes juntos.

     
        "Será que ter vindo foi uma boa escolha?" foi o que ela se perguntou durante todo o caminho. Claro que o parque não fora uma boa escolha, pois lá era o lugar deles. Ou pelo menos é o que ela pensava em épocas anteriores.
      
         "Tudo bem, nos sempre fomos só amigos, não há motivos para ser diferente agora." Ela sabia que não era bem assim, mas tentava reconfortar-se desse modo.
      
         E ele estava lá sentado, olhando fixamente para o chão, como se no momento essa fosse uma das razões de sua existência. E talvez fosse.
        
         - Então se você quiser você pode chegar no horário. - ela disse. Talvez um pouco maldoso da parte dela, mas ela não se importava, ele sempre a havia feito esperar, e já era demasiado.
         
         - Desculpa. - dava pra ver no seu olhar ele realmente estava envergonhado. Ela teve uma leve satisfação, que controlou. Mais tarde se perguntou se esse seria o mesmo sentimento que o fazia dar um sorriso macabro no passado.
      
         Ela se sentou. Eles conversaram, ele evitava levantar os olhos para olhar nos dela. Mas quando o fazia ela examinava os dele. E reconhecia aquele sentimento. O de desespero, desespero que o assunto acabasse e do que tinha para dizer quando o mesmo acontecesse.
       
         E ela estava se reconhecendo em todas as ações dele, e começou a sentir certa pena. Passou um tempo pensando no que deveria fazer com essa pena, e quando percebeu o assunto já havia terminado.
        
         Então era ela que agora desesperava-se para que o assunto não acabasse, não queria ouvir, não queria falar. Queria que alguém apertasse o botão de mudo no mundo, e que assim permanecesse. Mas percebeu que já era tarde pois ele engoliu em seco, com certeza se preparando para o que tinha a dizer.
        
         - Eu te amo. - ele disse, agora olhando para o chão mais do que nunca. Eles ficaram em silencio por um tempo. Então ele olhou para ela.
        
         - Eu sei. - foi o que ela conseguiu falar. Os olhos dele se encheram de lágrimas. Ele sabia o que estava por vir. - E sabe o que é o mais engraçado de tudo isso? - conforme ela ia falando algumas lágrimas escoriam pela face dele. Embora ele estivesse lutando fortemente conta isso - Essa é a típica história de "não me deu valor enquanto eu te amava. Só depois de ter me perdido." Uma pena. Nos podíamos ter sido felizes.
        
         E com essas palavras ela se levantou e foi embora. Enquanto ele permaneceu sentado lá durante alguns minutos com o olhar vazio.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Pingo parte II

         

           Então como prometido, para inaugurar o mês de fevereiro temos a segunda parte da história do pingo. Pra quem não leu a primeira parte eu recomendo lê-la, pra ter um melhor entendimento da história, sabe como é. É só clicar aqui http://launogueira.blogspot.com/2011/01/o-pingo-parte-i.html por que eu não sei fazer do jeito bonitinho que o aqui fica azul e literalmente se clica no aqui.

Mas voltando ao que é mais relevante, eu queria descumprir minha promessa, que era escrever durante os doze meses. Mas por questões de falta de imaginação eu resolvi escrever só por seis. Mas caso termine antes, eu já me desculpo previamente. Então sem mais delongas, vamos a história:

O Pingo parte II

Rolou. Enquanto rolava observou tudo a sua volta, e se admirava. Não por que era diferente afinal, ele já havia estado lá milhares de vezes, era a maior cidade de seu país.

Mas dessa vez o olhar era diferente. Não era o olhar de quem queria morar lá um dia, como sempre fora.

Era o olhar de quem agora morava lá. E era isso que admirava nosso pequeno pingo.

Com um pouco de custou conseguiu achar uma folha um tanto simpática para morar.

Tudo bem, não era exatamente o que o pinguinho imaginara. Mas confortava-se no pensamento de que morava sozinho, por isso não precisaria de espaço. Nunca precisara, pensou.

Mesmo vindo de uma arvore pequenina, o pingo era muito inteligente (de fato fora o que o trouxera para onde estamos), e arrumar um trabalho não era uma coisa tão complicada pra ele. E assim conseguira o emprego que sempre imaginara. Que é claro não conseguiria na antiga arvorezinha onde morara, era assim que pensara desde quando se murara pra lá.

Mas voltando ao emprego, era numa grande empresa jornalística, embora soubesse que não era bem um emprego do futuro, e que não fosse durar muito tempo, mas não se importava, pois seus planos não eram continuar lá por muito tempo. A empresa era só um meio de fazer seus contatos, para futuramente se tornar uma critica de filmes.

“Começa semana que vem” foi o que seu contratante disse. Aproveitaria assim a semana livre para fazer um pouco de turismo. Museus, parques, havia muitos lugares a ir. E o melhor de todos é que teriam muitos outros pingos lá. E pingos diferentes. Esse era um de seus hobbies, observar os outros pingos, estudá-los, não havia nada que o fascinava mais do que estudar os outros.

Ficava sentado, olhando, o que atraia muitos olhares tortos e algumas risadas, uma vez já atraíra uma senhora de idade, lhe avisando sobre os malefícios das drogas. Não a julgava, parecia mesmo um drogado. Um pingo somente parado aparentemente olhando pro nada.

Assim a semana passou rápido, e logo a segunda feira chegou. Não posso dizer pelo o que o pingo esperava. Era o pingo mais sem expectativa possível. Só esperava não ser demitido no seu primeiro dia.

Então logo cedo lá se foi para o seu primeiro dia de trabalho animado e pimpão.
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Quando eu digo ele, neste texto, eu me refiro ao pingo, que é masculino. Não necessariamente um homem. E então resolvi propor um desafio a vocês meus ilustríssimos leitores, e a cada postagem do pingo, colocarei uma dica no rodapé. E a pergunta do desafio é: Por que eu escolhi um pingo, não um humano com o sexo definido?

Ps: E quanto ao fato de eu colocar fotos de pessoas nas postagens dos pingos, é por que eu não consigo achar fotos apropriadas. E também por que eu não tenho bem definido como é esse pingo. Isso é uma dica