segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O segredo é o foda-se

        
         Desculpem pelo titulo do blog. Eu sei que tem um palavrão e palavrões são feios. Mas façam um esforço, não parem de ler por causa disso, afinal é por uma boa causa. Então vamos a história.
     
         Esses dias eu estava falando com um conhecido. Amigo este que escreve coisas como Olanda e ajente. E eu obviamente não o dava muito crédito. Mas conversava com ele, pois mesmo com seus erros ortográficos tinha uns assuntos e opiniões interessantes sobre maconha e a vida de Bob Marley.


         E esses dias, no ápice dos nossos assuntos mais fúteis, estava  ele me contando sobre as primas que já pegou, o que costuma fumar no nargui, o que costumava fazer quando saia com os brother dele e, não que eu tenha vontade de fazer essas exatas coisas eu, porém me peguei pensando no quanto seria legal ser como ele, e fazer o que me desse vontade, sem me preocupar muito com as consequências.


         E soltei um: "Caramba, sua vida deve ser muito boa"


         Então ele foi tentar me ensinar o segredo de uma vida mais "feliz":


         - o segredo é o foda-se, vc precisa dele para ser feliz.


         E eu com todo o meu pessimismo respondemos:


         - sim, mas você precisa de coragem para dizê-lo


         - ai que ta vc precisa sentilo n é so dize-lo, meu tanto loko ai que eu ja conheci que é super inteligente vc num tem noção aquele cara de olhar na rua vc diz, nossa esse cara nao tem nada... sabe? então teve um cara que eu vi o nome dele é charlie um hippeta de caminhada ae no brasil, o cara é um poço de cultura e vc olha pra ele e vê um nada.


          Foi ai que eu aprendi, o que na verdade eu já sabia, porém não tinha coragem de admitir, você não é, e nunca será feliz se viver sempre se preocupando com o que os outros pensaram das suas ações. Esse era o meu problema. E o problema de muitas pessoas por ai. Tem que ser de um jeito com seus amigos, tem que ser de outro com o professor, de outro com a família, de outro com o namorado.


         O único jeito de ser feliz é dizer, e sentir o foda-se para o que os outros estão pensando e fazer o que mais te dará felicidade no momento. Tudo bem que assim você ganhará uma dúzia a mais de pessoas falando mal de você mas, foda-se, sempre haverão as pessoas que falam mal de todos.


         Foda-se e (um pouco de) juízo são provavelmente o mais simples caminho para uma vida feliz.


         E a maior parte de nossa inteligência, não vem da escola, e sim de como compreendemos o mundo.


        Obrigado Kaique

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

E finalmente um dia entende-se tudo



Pelo menos é raramente, isso é só mais uma daquelas noites em que não me vem outra coisa na cabeça a não ser você.

Já fazia um tempo que eu não pensava em você, e pelo menos não desejo mais te ver com a mesma intensidade. Mas é claro que não jogaria fora a oportunidade, não pelos mesmos motivos de antes, provavelmente não aconteceriam as coisas que aconteceram aquele dia, porém aquelas mesmas borboletas viriam parar no meu estômago, e eu provavelmente tentaria de tudo para que você de algum modo me achasse mais legal, mais bonita ou mais inteligente do que da ultima vez, por que, por mais que a muito tempo eu tenha deixado de ligar para opiniões alheias, acredite, a sua contaria.
E naqueles momentos que eu passo sentada num canto, ouvindo musicas do Elvis e tomada por essa angustia, pode ter certeza de que sempre são todos pensando em você, esse sempre que com o tempo se tornou às vezes, mas que eu tenho certeza de que nunca se tornara um nunca, pois em algum outro momento da minha vida eu vou voltar a pensar em você, e vou lembrar-me de quando nos tentávamos achar um jeito confortável de sentar a dois em uma escada de caracol, de quando você me abraçou forte e se lamentou por não ter um casaco para me emprestar, nem de quando eu desenhei um coração na sua mão.

Mesmo coração que eu continuei desenhando na minha por meses.
E por mais que você tenha me decepcionado - e muito - sempre vou guardar as melhores lembranças de você, mesmo que nos ver novamente seja um sonho muito distante.

Este texto foi escrito em 11 de Outubro, a 1:53 am. Hoje em dia eu me arrependo de cada palavra proferida, porem como achei que ficou um texto simpático, eu quis postar mesmo assim. E que fique claro, se você estiver lendo, vá tomar um copo de soda caustica, por favor.

sábado, 22 de janeiro de 2011

E ela decide ter mais atitude

Era uma menina, menina quieta essa. Menina que não tinha muitos amigos, por mais que quisesse. Uma menina que nunca compreendeu todo o significado de amor, por mais que já tivesse se apaixonado várias vezes.


Menina essa que estava novamente apaixonada. Mas dessa vez ela achava que era diferente. Se bem que toda vez que isso acontecia ela achava que iria ser diferente. Mas dessa vez ela tinha certeza.


E certo dia falando com esse menino, ele diz que atitude é uma coisa essencial para ele. E ela decide ter mais atitude. Começa a falar mais, fazer mais piadas, ser mais espontânea, e vestir roupas diferentes. Porem, fez tudo isso inspirada em uma mulher que já existia.


Bem, ela não existia, ela era de um filme, mas acho que vocês entenderam o que eu quis dizer.


No começo ela se sente feliz, sente que tem mais amigos. Mas após uma semana ou mais, não me lembro, começa a sentir o peso de ser alguém que ela não é.


Após uma semana ou mais, ela percebe que todos estão rindo dela por ela tentar ser o que não é. E então ela se deprime. Volta a ser a mesma menina quieta. Menina que queria ter amigos. Menina que queria ser feliz.


Menina que um dia ainda compreenderá que, não pode mudar seu jeito por ninguém, a não ser por ela. Que ter atitude, não é ser como as personagens de filme. Elas são só ficção. Enquanto nós somos eternos para nós mesmos. E que ter atitude, pode começar simplesmente com a pessoa aceitando o que ela é.

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Desculpa pelo “Enquanto nos somos eternos para nós mesmos”. Realmente não fez muito sentido.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

True colors are beautiful, like a rainbow



Só não diria que este texto é muito piegas, pois o assunto do qual ele se trata ainda não é muito conhecido. Pois se fosse, todos falariam a mesma coisa que eu.
Ou não falariam, pois o Corujas é um ligar inexplicável. Mas tentarei explica-lo, pois tal lugar merece. E tal lugar é muito mais do que eu provavelmente falarei.

Corujas, é um acampamento. E durante o dia fazemos coisas normais de acampamento. Não é isso que o difere dos outros acampamentos existentes.

É a atmosfera, a recepção que você tem lá. Tem-se a impressão de ter entrado em outro mundo, e que lá diferente da nossa vida real, as pessoas olham através do seu exterior.

Para ser querido lá, nem digo popular pois a idéia de popularidade já separaria as pessoas em grupinhos fechados e remeteria a exclusão, coisa que não acontece lá, mas como eu dizia, para ser querido lá, não precisa ser bonito, ter dinheiro, ou vir de uma cidade grande, basta ser quem você realmente é. Mesmo parecendo outro mundo, é claro que lá alguns se sobressaem, mas, ao invés de se gabarem por isso, eles o estimulam para se sobressair também.

E o mais impressionante é ver todos dando tudo de si. Ver que o ditado "participar é o mais importante" realmente é seguido. Ver as pessoas comemorando por terem perdido o jogo e não a animação. Ver as pessoas se fantasiando não para ficar o mais bonito, e sim pra ser o mais original. Gritar, com todo o pulmão letras de musicas aparentemente bobas, porém com grade significado, sem ter medo de ser estranha por gritar sozinha. Alias, lá não se grita sozinha, lá se começa um coro.

E corremos, gritamos e fantasiamo-nos. Até termos distendido nossos músculos, mas continuar adiando a dor, acabado com nossa voz, mas de alguma forma continuar gritando, e termos sujado todas nossas roupas, mas mesmo assim experimentar combinações bizarras, e rir de tudo isso no final.

It's hard to take courage
In a world full of people
You can lose sight of it all
And the darkness inside you
Can make you feel so small

But I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow


True Colors – Cyndi Lauper

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Compre, use dois dias, jogue fora


            Eu realmente, do fundo do meu coração, me envergonho da geração em que eu vivo.

            Sim, por todos os motivos que vocês estão pensando. Mas além disso, pois nossa geração é uma geração dispensável. Tudo feito nessa década é feita para durar somente por um tempo.

            E depois some. É assim. Com os livros, com a música, com as roupas. As coisas que duram, se você pensar bem, foram feitas por outras gerações.

           Uma amiga minha uma vez me disse: ” você pode pensar que sou louca, mas talvez eu fosse mais feliz se eu vivesse na época da ditadura. Pelo menos eu teria um motivo para viver, algo para que lutar”.

           Sim, a primeira vista  é até poético.

            Porém, se alguém realmente quiser lutar e quiser ter algo que lhe dê vontade de viver, pra que devanear com épocas passadas? No mundo em que vivemos, e que todos reclamam que esta acabando o que não nos falta é motivo para uma luta, uma revolução.

           Mas não, somos os adolescentes que preferem continuar no computador comendo nossos x-brugers e pensando em assuntos triviais, por que pensar – de verdade eu digo - é uma coisa desvalorizada hoje em dia.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Pingo, parte I



E que comecemos o ano com a história do Pingo. Vou tentar, mas só tentar, coloca um post por mês contando a história dele.
                      O Pingo, parte I 
               Era uma vez um pingo. Era esse um pingo que morava em uma arvore pequenina. E já conhecia muitos outros pingos moradores da mesma arvore.

 Era assim. Sempre fora, desde pequenos os pingo rolavam e brincavam juntos.

Mas o tempo passou, sempre passa. E os pingos mudaram, não de lugar, só de forma. Não a forma física – embora essa tivesse mudado também - mas sim a forma de se portar e comportar.

E nosso pingo não se enquadrou. E começou a se sentir sozinho, como nunca havia se sentido antes. Não se conformava com a forma de pensar desses outros pingos. Eles não enxergavam da o mundo mesma forma que ele.

No começo ele se incomodava com coisas menores, como a forma de se vestir dos outros pingos. Às vezes passava a tarde inteira olhando como todos os pingos se pareciam, alguns eram mais bonitos, esses normalmente vinham seguidos de um monte de imitações falsas deles.

Aquele pinguinho se recusava a ser uma mera imitação de alguém.

De outro pingo, quero dizer.

Por que esse pingo queria ser único, se é que me entendem. Queria deixar uma marca, queria fazer algo importante.

E foi a partir dai que começou a se incomodar com outros tipos de coisa. Uma delas, por exemplo, era como a mente dos outros pingos era pequena e restrita.  Como eles se contentavam com pouco, e não percebiam as vidas miseráveis e sem expressão que estavam vivendo.
O pingo imaginou não ser o único que pensava assim. E achou que a única solução seria ir para longe dali. Alguma outra arvore talvez. Estava cansado de ficar rodeado dessas pessoas de alma pútridas que o deixavam enojado.

E então rolou. Rolou até chegar a outra arvore.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano novo, ou não



     Ano novo, vida nova, novas esperanças. Certo? Não.

     Sempre antes do começo de um novo ano somos inundados de boas esperanças, fazemos novas promessas e achamos que nossa vida vai mudar.

     HEY! Não vai mudar só por que o ano começou. Se você quiser que mude, comece antes pelo seu jeito de pensar. Não adianta querer que as mudanças aconteçam, por que é mentira - quase - nada acontece por acaso. Tente fazer acontecer. Eu sei que todo mundo já sabe disso, eu inclusive já sabia, mas só fui provar isso pra mim mesma na própria noite de ano novo.

     Então, não espere muito de um ano novo, a não ser que esteja disposto a mudar também. E se quiser mesmo mudar, não espere um ano novo, não prometa para o próximo ano, comece agora.

     E um feliz ano novo. E talvez, mas só talvez, um novo começo.