sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Rotina muda, mas só de ponto de vista

Já ouvi muitas vezes pessoas reclamando sobre sua rotina, e dentre essas pessoas irritantes que jogam metade da vida fora ás reclamações, encontra-se esta que vos fala. E me lembro que achava horrível pensar em ter que acordar todos os dias cedo e ir para as minhas mesmas aulas de sempre.

Mal sabia eu o quanto era feliz.

O fato e que eu moro em uma cidade pequena, e normalmente as pessoas se mudam pra uma cidade maior no primeiro ano, e no meu caso, se isso acontecesse, eu iria sozinha morar em um pensão dividindo quarto (com mais 2 pessoas) e banheiro (com mais 12 pessoas) e rezar (bastante) pra não sofrer bulling na escola nova, em uma cidade que, segundo todos as pessoas é umas das mais difíceis de se fazer amizade. Isso por que eu sou uma pessoa perfeita pra ser alvo de bulling. Aê.
Então não, eu desisti de trocar a minha vida inteira só pra ter uma escola melhor. Mal sabia eu que já não tinha mais nada pra abandonar.

A segunda opção era mudar no terceiro ano e lhe dar com todas essas mesmas coisas. Diferencial, eu estaria mais madura.

         Ou fazer um intercâmbio, que no meu caso seria para a Austrália, que além de ser famosa, por seus jovens bêbados, maconheiros e festeiros tem também um dos Índices Demográficos mais altos do mundo e receber muito bem seus intercâmbistas (além de ter os homens mais lindos do mundo).

Talvez eu tenha escolhido esse lugar em particular para tentar me livrar um pouco da minha rotina, embora eu não virasse uma usuária de drogas e me cansaria rápido de tudo isso. Mas neste segundo caso eu ainda poderia ir para o litoral aprender a surfar. Porém, para poder um dia sonhar em ir para lá eu teria que me tornar um robô programado para ser a filha/aluna perfeita.

Mas a questão não é essa, a questão e que não adianta o lugar que estiver, e não adianta quem estiver lá comigo, eu sempre TEREI que estar pensando no futuro, por que eu sempre vou ter que estar estudando, quando a escola acabar, e a faculdade também, terei que trabalhar, em um trabalho que a cada dia me exigiria ainda mais, às vezes por mais de 13 horas por dias, para ter uma "boa aposentadoria" e no fim gastar todo o meu dinheiro com remédios, por que já serei uma velha doente e caquética, isso se eu já não tiver gastado com filhos ingratos, e depois, finalmente depois dessa trajetória vazia e pútrida, morrer.

Convenhamos esse e o fim de todos.

Menos no caso dos filhos, que podem variar, não na ingratidão, mas sim na parte de tê-los ou não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário