sexta-feira, 25 de março de 2011

Eterno enquanto durar. Ou em nossa mente.



                   
                    Ele estava deitado. Fingindo concentração em alguma coisa que na verdade não tinha tanta importância. Fingia que não ouvia nada - quisera ele que não ouvisse mesmo. Barulho de coisas se quebrando muito bem abafado pelo barulho dos gritos.
                   
                    É, aquilo de fato estava piorando. Se um dia ele se casasse não queria ter que chegar a aquele ponto.
                   
                    Se um dia tivesse que viver com alguém com quem tivesse que se justificar todo o tempo, tivesse que se fazer de cego e passasse mais tempo discutindo do que acariciando e sussurrando palavras de amor preferia ficar sozinho.
                   
                    Encarou isso. Pois o amor nunca foi nem será para sempre. Juras de amor eterno são em vão, pois as pessoas mudam e assim elas adaptam o exterior a essas suas mudanças.
             Então que pelo menos meu amor seja eterno enquanto dure. E quando não for mais assim que eu siga em frente.

...
                   
                    No outro dia logo após um almoço silenciosos seus pais lhe contaram a noticia. Iam se separar.
                   
                    Nesse momento o jovem desejou que tudo voltasse como era antes. Seus almoços de domingo, suas noites de pizza e filmes...
                   
                    Só assim entendeu que o verdadeiro amor não é tão simples. Mesmo depois que morre não nos esquecemos de quando o tínhamos. E as vezes continuamos juntos só por medo de esquece-lo.

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